Um “High 5” para a África

Em setembro de 2015, líderes mundiais concordaram com um ambicioso conjunto de Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, com a meta de eliminar a pobreza extrema do planeta até 2030, e encarregaram os bancos multilaterais de desenvolvimento para ampliar significativamente suas atividades, aproveitando e injetando recursos financeiros que se desloquem da casa dos bilhões para trilhões. Os ODS só podem ser alcançados se puderem ser aplicados em África. Em resposta, o Banco está ampliando o financiamento em cinco áreas prioritárias: chamamos-lhes de “High 5s” – Energizar a África; Alimentar a África; Industrializar a África; Integrar a África; e melhorar a qualidade de vida para os africanos. A África tem o menor acesso à energia elétrica no mundo, com mais da metade da população sem eletricidade, em comparação com 34% na Ásia Meridional e apenas 2% na América Latina. Na África subsaariana, a taxa de acesso média é de cerca de 25%, e o cidadão comum consome menos de 200 quilowatts-hora por ano per capita em comparação com 12.954 nos EUA. Com a iniciativa do Energizar a África, recursos do Banco serão utilizados para desenvolver projetos e injetar recursos de parceiros bilaterais, multilaterais e do setor privado que ajudarão a gerar uma nova capacidade de 160 gigawatts até 2025 para fornecer acesso universal à eletricidade. A agricultura é responsável por mais de 60% dos postos de trabalho em todo o continente e, mesmo assim, contribui com apenas cerca de um quarto da renda do continente devido aos baixos índices de produtividade, o que explica os altos níveis de pobreza rural na África. Apesar de sua riqueza de terras aráveis e de água, a África é um franco importador de alimentos, com valores líquidos de importações na casa dos USD35 bilhões em 2015. Para responder a este desafio, o Banco desenvolveu uma estratégia para Alimentar a África, cujo objetivo é ajudar a eliminar importações de alimentos e tornar o continente auto-suficiente em cadeias de valor chave na agricultura até 2025. A percentagem do valor agregado na produção manufaturada global da África é de cerca de 1,5%, um número que se manteve constante ao longo da última década. Dos USD 590 bilhões que o continente exportações durante 2011-2013, 72% consistia em commodities. Isso faz com que a África seja, particularmente, vulnerável às flutuações dos preços internacionais das commodities. O Banco desenvolveu a estratégia de Industrializar a África, através do qual se pretende vencer

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