Os governos de Moçambique, Zimbabwe e Malawi avaliam o rastro de destruição deixados pelo ciclone tropical Idai, que vem assolando o sudeste africano desde a semana passada. Segundo informações do presidente moçambicano, Filipe Nyuse, a quantidade de mortes no país pode ser superior a mil, que até o presente momento continua em alerta máximo para novas tempestades.

Inúmeras pessoas ficaram desabrigadas em Beira, Moçambique (Foto Rick Emenaket Mission/Aviation Fellowship via AFP)

A cidade portuária de Beira, segunda maior de Moçambique , foi a principal atingida. Estimativas iniciais da Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (IFRC) apontam que 90% do local foi destruído, incluindo as vias de acesso terrestre, e que 600 mil pessoas foram atingidas.

“Beira foi severamente atingida. Mas também estamos ouvindo que a situação fora da cidade poderia ser ainda pior. Ontem, uma grande represa explodiu e cortou a última estrada para a cidade”, explica Jamie LeSuer, que comanda a Missão da IFRC.

Em nota, a Federação afirma que já liberou cerca 340 mil francos suíços, cerca R$ de 1.290.000,00, do seu fundo de emergência como ajuda inicial para 7.500 pessoas, embora acredita que ainda sejam necessários mais recursos para suporte à Cruz Vermelha local.

Situação de Beira após o ciclone (Foto Caroline Haga/IFRC via AP)

A ONU já declarou que está de prontidão para atender as necessidades da população atingida pelo desastre. Marcoluigi Corsi, Representante do Fundo das nações Unidas para a Infância (UNICEF) em Moçambique, afirma que os principais obstáculos para estabelecer a ajuda humanitária na região, no momento, são a falta de comunicação e o acesso ao local.

“A situação é séria e o UNICEF e os seus parceiros estão prontos para apoiar o Governo a levar assistência urgente à população afectada, incluindo água potável, meios para o saneamento e higiene, bem como cuidados médicos. Apesar de todos os desafios, estamos bem preparados, já que temos estoques pré-posicionados com lonas, ​​kits de higiene e comprimidos de purificação de água disponíveis no país. Estes podem ser entregues rapidamente e ajudar nos primeiros dias”, disse o Representante.

O World Food Program também já enviou uma primeira leva de alimentos para Beira.

On Saturday 16 March, WFP Aviation airlifted 2,000 boxes📦 of high-energy biscuits from Kenya to Beira, #Mozambique as food assistance to those affected by tropical #CycloneIdai.@WFPLogistics @WFP_Africa pic.twitter.com/sbge7bODON

— World Food Programme (@WFP) March 18, 2019

“No sábado, 16 de março, a WFP voou 2.000 caixas de alimentos do Quênia para Beira, como assistência alimentar para os afetados pelo ciclone Idai”

O Ministério de Relações Exteriores do Brasil também lamentou profundamente as mortes, a destruição e os desalojamentos causados pelo Idai e se prontificou a ajudar os países.

“Tal como se beneficiou desse serviço humanitário de alta tecnologia por ocasião da tragédia de Brumadinho (MG), o Brasil vai rapidamente fornecer a Moçambique e ao Malawi mapas, com base em imagens satelitais, das regiões afetadas pelo ciclone tropical Idai, para auxiliar as operações de busca e salvamento”, afirmou o Itamaraty.

A ONG Missão África, com sede em Minas Gerais, também irá enviar uma equipe de voluntários à Moçambique para auxiliar os atingidos já no próximo dia 25. A organização pretende levar o maior número de pessoas nesta missão e está arrecadando doações para enviar aos moradores da região.

Serviço

As doações para a ONG Missão África podem ser feitas para  CNPJ: 16. 908. 250\ 0001-64 e são recebidas através das contas do Banco do Brasil (Agência: 1001-4, Conta corrente: 119.273- 6) e  Caixa Econômica Federal (Agência: 3961, Conta corrente: 2919-8, Operação: 003)

Mais informações através do email [email protected].

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