No próximo dia 30 de agosto completam-se 20 anos após a realização de uma consulta popular apoiada pela ONU, na qual os timorenses escolheram a autodeterminação. Nesse processo, que aconteceu em maio de 2002, a comunidade internacional também teve um forte envolvimento juntamente com redes de solidariedade criadas em todo o globo.

O país, com o apoio das Nações Unidas e da comunidade internacional, pretende investir em áreas que incluem educação, capacitação para desenvolvimento vocacional e combate ao desemprego. Cerca de 70% da população timorense é composta por jovens menores de 25 anos.

Uma das maiores demonstrações de apoio à autonomia de Timor-Leste veio da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Portugal, Brasil e países lusófonos africanos fizeram parte de várias missões internacionais que ainda desenvolvem iniciativas como a implantação e ensino da língua portuguesa no país do Sudeste Asiático.

“Temos muitas pessoas que não têm empregos na área da economia formal. Então, é uma prioridade muito grande. A outra prioridade é melhorar a qualidade de serviços na educação, que é muito baixa. O governo tem como prioridade melhorar essa área e também os serviços no setor da saúde e etc.”, declarou o coordenador residente das Nações Unidas no Timor-Leste, Roy Trivedy.

Esta semana, um grupo de especialistas das Nações Unidas visitou o país para preparar o quadro de cooperação para o desenvolvimento para o período de 2020 a 2024.

O brasileiro Sérgio Vieira de Mello coordenou os trabalhos de reconstrução nacional após o conflito entre Timor-Leste e a Indonésia. Ele liderou ainda o processo que permitiu a formação do governo e do sistema de produção que garantiu a construção de “um futuro democrático e economicamente inclusivo” no país.

Sérgio Vieira de Mello dirigiu a Administração Transitória das Nações Unidas em Timor-Leste, Untated, que foi criada em outubro de 1999 com o mandato de organizar a entrega do poder ao povo timorense. 

+ Sérgio Vieira de Mello trabalhou nas Organização das Nações Unidas durante 34 anos e foi Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos desde 2002. Morreu em Bagdá, juntamente com outras 21 pessoas, vítima de atentado a bomba contra a sede local da ONU.

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