Com eleições gerais marcadas para o dia 15 de outubro, as autoridades moçambicanas convidaram formalmente representantes da União Europeia para uma Missão de Observação Eleitoral (MOE). A Organização, que acompanha as eleições no país africano desde 1994, confirmou presença. 

“As eleições de 2019 em Moçambique chegam num momento particularmente importante da história do país, quando um progresso real rumo a um acordo de paz abrangente abriu o caminho para a reconciliação permanente e para a implementação de reformas. Um processo eleitoral bem-sucedido pode contribuir para a estabilidade e confiança necessárias para o crescimento e desenvolvimento do país”, disse Federica Mogherini, Alta Representante da UE para Política Externa e Segurança.

A missão será chefiada pelo espanhol Ignacio Sánchez Amor, deputado do Parlamento Europeu, que destacou o momento de descentralização de aspectos chave do país, levando a mudanças estruturais.

“O meu objetivo é que a MOE dê contribuições positivas – através de avaliações objectivas e imparciais e recomendações construtivas – para um processo global credível, transparente e inclusivo. E acrescentaria que, naturalmente, continuaremos o nosso trabalho com as autoridades moçambicanas para implementar as recomendações de missões de observação anteriores”, afirmou ele.

A equipe da UE será composta de 9 analistas e inicia a missão em Maputo, capital de Moçambique, no 31 de agosto. O grupo permanecerá no país até a conclusão do processo eleitoral e irá preparar um relatório final abrangente. Após a chegada da equipe principal, irão juntar-se outros 32 observadores de longo prazo que serão colocados em todo o país. Outros 76 observadores de curto prazo serão destacados para o dia da votação. 

No dia 15 de outubro, o povo moçambicano terá eleições presidenciais, legislativas e provinciais. A novidade está no fato de que, pela primeira vez, os governadores provinciais serão eleitos por voto popular, não mais nomeados pelo poder central.

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