O governo de Uganda registrou duas mortes causadas pelo vírus Ebola. “Esta é uma situação preocupante. Temos ampliado nossos esforços, em estreita coordenação com o governo e outros atores, para ajudar as comunidades a se prepararem para o Ebola e conter sua disseminação”, disse Robert Kwesiga, Secretário-Geral da Cruz Vermelha de Uganda.
Um menino de cinco anos e sua avó morreram após contrair o vírus durante uma viagem para a República Democrática do Congo. A família, que nasceu no país vizinho mas vive em Uganda, teria cruzado a fronteira para acompanhar o funeral de um familiar, morto pelo vírus Ebola.
Organização Mundial da Saúde tem visto com preocupação os crescentes casos de Ebola da África (Foto: Samuel Mambo/ Reuters)
O Ministério da Saúde de Uganda também confirmou a infecção de uma criança de 3 anos pertencente à mesma família. Por isso, o governo ugandense decidiu manter todo o grupo familiar em quarentena.
A República Democrática do Congo tem registrado um surto da doença e por isso, as regiões de fronteira com Uganda passaram a ser controladas.
Preocupação internacional
A comunidade internacional tem manifestado preocupação com a confirmação de casos em Uganda. A União Europeia está enviando mais 3,5 milhões de euros para ajudar a conter a disseminação do vírus. A organização afirma já ter enviado mais de 17 milhões de euros desde o início do surto na RDC.
Paciente com suspeita de Ebola sendo atendido em centro médico na República Democrática do Congo (Foto: World Bank/Vincent Tremeau)
A Organização Mundial da Saúde, em parceria com o Ministério da Saúde de Uganda, declarou que usou medicamentos experimentais para vacinar cerca de 4.700 profissionais de 165 centros médicos ugandenses.
“O governo do Reino Unido tem sido o principal doador para a preparação para o Ebola em Uganda, treinando profissionais de saúde no local e fornecendo equipamentos médicos para lidar com este vírus. Estamos prontos para fornecer mais apoio. É mais importante do que nunca que trabalhemos juntos para acabar com este surto mortal”, declarou Harriett Baldwin, ministro de Desenvolvimento Internacional do Reino Unido.
Surto na República Democrática do Congo
Iniciado em agosto de 2018, o surto de Ebola na RDC já atingiu mais de 2.000 pessoas, das quais 1.914 já foram confirmadas. “No total, houve 1.346 óbitos, sendo 1.252 confirmados e 94 prováveis, e 539 pessoas curadas”, declarou o Ministério da Saúde do país.
O último surto da doença, que aconteceu em 2014, levou mais de 10.000 pessoas à morte na África Ocidental, sendo considerado o pior da história da doença, descoberta nos anos de 1970.
Anyone who is sick with #Ebola needs treatment as quickly as possible.
In the ongoing outbreak in #DRC, a trial is being conducted to evaluate the effectiveness and safety of drugs used in the treatment of Ebola patients. pic.twitter.com/S5dw8bbqWG
— World Health Organization (WHO) (@WHO) June 13, 2019
A Organização Mundial da Saúde declara que desde que foi confirmado o surto, tem tomados os esforços necessários para conter o surto e que mais de 90.000 pessoas receberam doses da vacina rVSV-Zebov.