O governo brasileiro enviou para Moçambique seis kits, com 870kg de medicamentos e insumos. A quantidade será suficiente para atender até 3 mil pessoas por um período de três meses. O material foi enviado pelos dois aviões da Força Aérea Brasileira que partiram em direção ao país africano, que foi fortemente afetado pelo ciclone Idai no último mês de março.

“O Brasil contribui para apoiar outros países em situação de necessidade emergencial. Essas doações, que acontecem por meio de cooperação humanitária, não privam os brasileiros do direito ao acesso a medicamentos, que são enviados apenas quando não comprometem o abastecimento nacional”, garante o ministro da Saúde do Brasil, Luiz Henrique Mandetta.  

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Photo: Denis Onyodi/Cruz Vermelha/EPA

Os kits são compostos de medicamentos diversos, dentre eles antibióticos, anti-hipertensivos e antitérmicos, como penicilina, amoxicilina, paracetamol e soro para hidratação; além de materiais de primeiros socorros, como ataduras, gazes, luvas, máscaras, seringas, esparadrapos, entre outros. Cada um é capaz de atender até 500 pessoas por um período de três meses.

Contribuição da Fiocruz

A força-tarefa do Ministério da Saúde contou com o apoio da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Logo após a passagem do ciclone Idai, o vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da instituição, Marco Krieger, esteve em missão ao país, acompanhado por uma delegação, para estabelecer contatos com autoridades da região e determinar as principais necessidades da população e das instituições locais. Depois disso, foi organizada uma reunião com representantes de várias unidades técnico-científicas, para determinar o tipo de ajuda que as unidades poderiam oferecer.

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Por mais de uma década, a Fiocruz esteve envolvida em projetos de cooperação com Moçambique. Esses projetos são dedicados a questões locais de saúde, que incluem cursos de pós-graduação em diferentes áreas e treinamento em serviço. Atualmente, doze estudantes moçambicanos estão fazendo cursos de pós-graduação no Brasil, mais precisamente no Instituto Oswaldo Cruz e no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI), no campus de Manguinhos.

Destruição

No dia 14 de março, o ciclone Idai chegou a Moçambique com ventos de mais de 170 km/h e foi seguido por fortes chuvas. A sua passagem danificou as casas, provocou inundações e deixou em ruínas 90% da cidade portuária da Beira, a segunda maior do país. Mais de 1,85 milhão de pessoas foram afetadas. Dois países vizinhos, Zimbabwe e Malawi, também foram afetados.

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