De acordo com a OMS, um animal deve ser a provável fonte de transmissão do coronavírus de 2019 (COVID-19), possivelmente um morcego. Isso porque os coronavírus são classificados como zoonóticos, ou seja, são transmitidos de animais para pessoas. 

Nos últimos anos, o surgimento de várias doenças zoonóticas – como ebola, gripe aviária, febre do Vale do Rift, febre do Nilo Ocidental e zika vírus – causaram inúmeras  e prejuízos financeiros bilionários. 

Em um relatório publicado em 2016, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) aponta que esse tipo específico de doença está numa crescente e piora à medida que habitats selvagens são destruídos pela atividade humana.

Leia o relatório do PNUMA (disponível em inglês)

“Os seres humanos e a natureza fazem parte de um sistema interconectado. A natureza fornece comida, remédios, água, ar e muitos outros benefícios que permitiram às pessoas prosperar. Contudo, como acontece com todos os sistemas, precisamos entender como este sistema funciona para não exagerarmos e provocarmos consequências cada vez mais negativas”, afirma Doreen Robinson, chefe para a Vida Selvagem no PNUMA.

Segundo Robinson, o surgimento de zoonoses está ligado à redução e fragmentação de habitats, o comércio ilegal, a poluição, a proliferação de espécies invasoras e, cada vez mais, as mudanças climáticas.

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