Quase 17.000 casos confirmados e cerca de 900 mortes em todo o continente. Este é o resultado da pandemia do COVID-19 na África até agora. Cameroun confirmou mais de 800 casos, enquanto Níger, Costa do Marfim e Guiné registraram um rápido aumento de números durante a semana passada, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
“Estamos trabalhando com os governos para entender melhor o que está acontecendo, mas isso é preocupante, pois os países dessas sub-regiões geralmente têm sistemas de saúde particularmente frágeis”, disse Matshidiso Moeti, diretor regional da OMS para a África
Nos últimos dois dias, oito países receberam equipamentos médicos, o suficiente para permitir que os profissionais de saúde tratem 30.000 pacientes sem se arriscarem.
A carga contém escudos, luvas, óculos, aventais, máscaras, e termômetros, além de mais de 400 ventiladores.
O equipamento foi enviado pela OMS e seus parceiros, como o Programa Mundial de Alimentos (PMA), a União Africana (UA), os governos nacionais e a Fundação Jack Ma.
No entanto, garantir que os países recebam entregas de equipamentos médicos se tornou cada vez mais difícil. Entre outros problemas, várias fronteiras foram fechadas e os vôos cancelados. Para esse fim, a OMS solicitou o envio de vôos solidários.
“Esses vôos de carga demonstram o poder da cooperação internacional e da ação coletiva”, finaliza Moeti.
+ A falta de equipamento de proteção individual pode impedir ainda mais a luta contra a pandemia. No Níger, 32 profissionais de saúde deram positivo para COVID-19, representando 7,2% de todos os casos registrados.
Solidariedade Internacional
Equipes médicas de emergência da China e do Reino Unido começaram a apoiar a resposta na região africana. Uma equipe da China está atualmente apoiando a resposta na Nigéria, enquanto uma equipe britânica está trabalhando na Zâmbia. Outro será implementado em breve no Burkina Faso.