Treze oficiais e sargentos do Exército brasileiro irão atuar na Missão das Nações Unidas na República Democrática do Congo (MONUSCO) a partir de junho. Entre os objetivos dessa missão são a proteção de civis, a estabilização do país e o apoio à implementação de paz, segurança e cooperação na República Democrática do Congo e nos países vizinhos.

Atualmente, a MONUSCO tem mais de 1,3 mil agentes policiais e 4 mil civis atuando no terreno, além de 16 mil militares sob liderança do comandante da força, o general brasileiro Elias Martins Filho.

Especialidade em selva

Sediado em Manaus, o Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS), prepara militares brasileiros para lidar com as dificuldades e perigos da guerra em situação de selva. Além disso, eles aprendem a planejar operações ofensivas e defensivas, de coordenação e cooperação com agências e de combate de resistência.

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O Centro oferece também um curso internacional de operações na selva. Já participaram do curso militares da Alemanha, Bolívia, Canadá, China, Espanha, Estados Unidos, Índia, Japão, Nigéria, Peru, Polônia, Portugal, Reino Unido, Sri Lanka, Suécia e Vietnã.

Comandante brasileiro

General do Exército Brasileiro, Elias Rodrigues Martins Filho, é o force commander da Missão de Estabilização da Organização das Nações Unidas na República Democrática do Congo (MONUSCO) desde abril de 2018, quando recebeu a nomeação oficial pelo secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres.

O general Elias Rodrigues Martins Filho em missão com outros oficiais do Congo e da ONU (Foto: MONUSCO)

A história dele na ONU começou em 1995, quando participou da Terceira Missão de Verificação das Nações Unidas, em Angola. Posteriormente, atuou como conselheiro militar na Missão Permanente do Brasil, em Nova Iorque; negociador para a Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti e no Departamento de Operações de Manutenção da Paz.

Antes de assumir o cargo na MONUSCO, o militar atuou como subchefe de Organismos Internacionais da Chefia de Assuntos Estratégicos do Ministério da Defesa.

“A situação do Congo se torna mais complexa pela enormidade de facções e grupos armados ilegais que atuam no país. Há estudos que apontam a existência de mais de 200 grupos armados no País”, explica. “Eu entendo que isso significa prestígio para o Brasil, reconhecimento da qualidade do militar brasileiro”, afirma.

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