O centro do progresso da economia africana devem ser os pequenos produtores, afirma Fadel Ndiame em entrevista à ATLANTICO. Ele é representante da União Africana e conselheiro sênior da presidência de parcerias estratégicas AGRA (Alliance for a Green Revolution in Africa, Aliança para a Revolução Verde na África), uma organização liderada por africanos para investir na agricultura do continente.

Fadel afirma que existem muitas oportunidades para a economia da África e lembra que após a assinatura do Acordo de Livre Comércio Continental Africano, o continente se tornou o maior mercado do mundo. Ele aposta no potencial do setor, que concentra a maioria da população, e afirma ser preciso investir em pesquisa e inovação, especialmente para pequenos agricultores. 

“Nosso objetivo é fazer com que os pequenos agricultores representem o segmento mais importante da agricultura na África e o coração do progresso da nossa economia”, afirma Ndiame. Ele aponta para o fato de que apesar de ter os recursos necessários, a África ainda importa alimentos. No entanto, ele acredita nas medidas que já estão sendo tomadas. “O progresso mais importante que podemos destacar é que a liderança africana a nível continental tomou a decisão para priorizar a agricultura”, afirma.

Durante o Fórum Brasil África 2019, Fadel Ndiame participou da sessão “Democratização do agronegócio: preenchendo o potencial entre as duas regiões”, que aconteceu em novembro na cidade de São Paulo.

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