Alida Bellandi, Presidente da Guarany e vice-presidente da Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos ( Abimaq)

“The Lion Kings”, “The Last Frontier”, entre outros títulos, marcaram artigos e reportagens nos principais meios de comunicação para retratar um novo momento do Continente Africano que na sua diversidade e complexidade é palco de uma nova realidade, ainda desconhecida para muitos. Alguns players internacionais participam deste processo, com destaque para a China, Estados Unidos e, para alguns países europeus, seja como doadores que como investidores. O Brasil tem e deveria ter cada vez mais um papel diferenciado na construção desta realidade!

Transcendendo os aspectos culturais e considerando as similaridades da Savana Africana com o Cerrado Brasileiro, foi possível transferir a tecnologia do plantio direto, em que a FAO teve um papel relevante, impulsionando a participação da nossa indústria de máquinas e equipamentos para um aumento da produtividade e da eficiência da agricultura local.

A presença brasileira se destaca também pelo importante trabalho da Embrapa no Mid North que engloba países como Gana, Tanzânia, Uganda, Camarões e Etiópia, assim como do “Programa Mais Alimentos”, que levou muitas empresas brasileiras para países como Gana, Moçambique e Senegal.

Motivados por esta nova realidade e, pelo tremendo potencial deste “amazing continent”, desenhamos o “Projeto África” para a Abimaq, com o objetivo de desenvolver ações sistemáticas e efetivas para consolidar a presença brasileira, agregando valor ao setor agropecuário africano. A tecnologia brasileira está sendo levada para o campo africano desde o preparo de solo ao armazenamento de grãos, passando pelo plantio e pela proteção de cultivos, além do processamento de café e de leite, de forma a abranger toda a cadeia produtiva alimentar.

E assim, da mesma forma que a Embrapa contribuiu e contribui com a pesquisa cientifica em prol dos cultivos, a Abimaq, através das câmaras setoriais, pode contribuir em muito para um aumento da produtividade e da qualidade da produção, baseado no princípio da sustentabilidade.

Podemos assim fazer a diferença! Além de temos tecnologias adequadas para o setor agropecuário, podemos treinar produtores nas boas práticas agrícolas e, no melhor uso dos equipamentos, com a garantia de uma assistência pós-venda responsável e permanente.

Nossos laços, portanto, agregados à nossa experiência, conhecimento e modo de ser, permitem que realizemos um trabalho diferenciado para contribuir com a “Segurança Alimentar” e, para a produção de energias renováveis em um segundo estágio. Vamos poder então agradecer também à nossa “mãe África” pelo que ela foi, representa, e será para o futuro do Brasil!

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