O Egito foi o país africano que mais importou o feijão cultivado no Brasil nos sete primeiros meses deste ano. Dados do Ministério da Economia apontam que o país comprou US$ 2,8 milhões de janeiro a julho. O número é mais de seis vezes que o registrado no ano passado, quando os egípcios importaram apenas US$ 442,5 mil em feijão brasileiro.
“Além de ter um mercado com bom consumo de leguminosas secas, o Egito é um polo com conexão com outros países”, afirma Marcelo Lüders, o presidente do Instituto Brasileiro do Feijão e Pulses e Colheitas Especiais (Ibrafe), à Agência de Notícias Brasil-Árabe (ANBA)
Segundo Lüders, a tendência é que as exportações de feijão cresçam ainda mais, na medida em que as relações o Brasil e os mercados forem se estreitando, e que o segmento for tendo apoio do setor público.
Mais exportações
As exportações brasileiras de feijão avançaram 34% nos sete primeiros meses de 2019, em relação ao mesmo período de 2018. O setor registrou US$ 57,1 milhões em contra US$ 42,7 milhões do ano passado. Esse crescimento está relacionado a um plano de ação colocado em prática em 2017.
O Brasil, que tinha então apenas uma variedade de feijão para exportar, exportou em 2018 oito variedades do grão para mais de 70 países.
Para levantar a informação sobre as variedades que teriam demanda no Brasil e no exterior, o Ibrafe se aproximou de instituições de pesquisa como a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Instituto Agronômico de Campinas (IAC) e Instituto Agronômico do Paraná (Iapar).
O país que mais comprou feijão do Brasil nos sete primeiros meses deste ano foi o Vietnã, com US$ 26,9 milhões gastos com importações do produto, seguido pela Índia, com US$ 16,8 milhões.