Desde que os exploradores portugueses chegaram em Cabo Verde no século XV, o país-arquipelágo assumiu um papel de entreposto comercial entre Europa, América e África. E Praia, capital e maior cidade do País, talvez seja a mais perfeita tradução desse papel. Do imperialismo português, por exemplo, a cidade herdou a arquitetura colonial, os jardins e o forte com os seus canhões apontados para o mar. Do continente africano, por sua vez, vieram as festas tradicionais e as cores vivas das roupas do povo caboverdeano. Com cerca de 131 mil habitantes – segundo dados oficiais do último censo, realizado em 2010 – Praia tem um porto comercial que exporta principalmente café, cana de açúcar e frutas tropicais, e também uma importante indústria pesqueira. No Plateau, bairro localizado num planalto à beira-mar, foram construídos ao longo do tempo edifícios públicos importantes, como o Palácio Presidencial, feito no fim do século XIX para ser a residência do governador português, a antiga Câmara Municipal, a Igreja Nossa Senhora da Graça, o Museu Etnográfico e o Monumento de Diogo Gomes, navegador português descobridor da Ilha de Santiago em 1460. Praia está situada ao sul da ilha de Santiago, a maior do arquipélago e que acomoda metade da população do país. De lá é possível seguir facilmente para Cidade Verde, antiga capital que recebeu da Unesco em 2009 o título de Patrimônio Mundial da Humanidade, para a comunidade dos “Rabelados”, que ficou muitos anos isolada do resto do país mantendo modos de vida ancestrais, e também a paradisíaca praia de Tarrafal e sua baía rodeada de coqueiros. A gastronomia local é variada e tem sabores únicos. Entre as iguarias caboverdeanas estão a Cachupa, uma espécie de ensopado com milho, feijão e vários tipos de carne e a moreia frita, um dos inúmeros pratos à base de peixes e frutos do mar. Além da lembrança de boa comida e de belas paisagens, quem for a Praia pode levar para casa produtos artesanais típicos, como panos coloridos e produtos de barro.

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