O advogado, político e artista plástico uruguaio Pedro Figari (1861­‑1938) soube como poucos  retratar o cotidiano dos afrodescendentes de seu País. Em cartaz em São Paulo, a exposição “Nostalgias Africanas” apresenta uma seleção de 63 obras do artista.

A exposição se divide em seis conjuntos que navegam entre as danças e festividades até o contexto vergonhoso da escravidão, abolida no Uruguai em 1842, 19 anos antes do nascimento de Figari e 46 anos antes de ser abolida no Brasil.

Com um estilo bastante expressivo, que mistura cores fortes à imprecisão das figuras e seus rostos, Figari consegue dar vida aos negros invisibilizados do seu país, a partir do forte senso de coletividade mostrado nas cenas retratadas por suas obras.

“Nostagias Africanas” fica em cartaz até 14 de fevereiro no Museu de Arte de São Paulo Assis Chateubriand (MASP) e encerra uma temporada  dedicada às histórias afro-atlânticas. Figari é o único artista branco a receber uma exposição no local nesse período, dada sua relevância.

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