O terceiro encontro do circuito de Conferências Regionais Ministeriais sobre Economia Verde já está mobilizando a cidade de Fortaleza, no Brasil, que irá receber representantes das Américas durante os dias 24, 25 e 26 de junho para debater a temática. O encontro pretende discutir soluções de desenvolvimento sustentável que possam ser aplicada nos países do continente.
As conferências são realizadas pela World Green Economy Organization (WGEO), em parceria com a ONU e outros parceiros regionais. Foram pensadas com intuito de trazer o debate sobre economia verde para uma realidade mais próxima de cada região, onde cada país pode apresentar sua realidade.
As reuniões têm três áreas principais de foco: melhorar os marcos regulatórios e políticas para economia verde; promover investimentos verdes inovadores por meio de parcerias público-privadas; e aumentar a capacidade de cada país para o desenvolvimento de ações verdes holísticas.
A última reunião da série, realizada nos dias 17, 18 e 19 de junho na cidade do Cairo, no Egito, contemplou o continente africano. “A região africana enfrenta grandes desafios ambientais devido ao impacto da mudança climática. No entanto, a região tem mostrado maneiras muito otimistas e inovadoras de mitigar e se adaptar ao seu impacto, e isso apresenta grandes oportunidades para mudar o curso do desenvolvimento da região à medida que elas mudam para a economia verde”, disse Saeed Mohammed Al Tayer, presidente da WGEO.
“Os países da África reconhecem a necessidade de mudar práticas insustentáveis para atender à necessidade atual de inovação, produtividade e criação de empregos e parabenizamos a região por dar passos positivos continuamente”, continuou.
A primeira conferência contemplou a região Ásia-Pacífico, e ocorreu entre os dias 10 e 12 de junho em Bangkok, na Tailândia.
“A região Ásia-Pacífico desempenha um papel crucial na transição para a economia verde e este evento inaugural dá o tom de como os países do Sul Global podem aproveitar oportunidades de investimentos verdes e as políticas devem alinhar-se de acordo com as iniciativas de crescimento verde”, explica Xiaojun Grace Wang, vice-diretor do Escritório das Nações Unidas para Cooperação Sul-Sul (UNOSSC).
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“As oportunidades já estão sendo criadas quando se trata de projetos replicáveis que exibem resultados sustentáveis para países desenvolvidos e em desenvolvimento. Tudo o que precisamos fazer é aumentar nosso compromisso e abrir oportunidades de expansão na região com base nos princípios e práticas da economia verde”, afirmou.
De acordo com o estudo encomendado pela Organização das Nações Unidas para o Meio Ambiente, a massa crítica de investimentos anuais necessários para apoiar a transição para uma economia verde durante o período de 2010-2050 deve representar aproximadamente 2% do PIB global. Esses requisitos de financiamento para investimentos ambientalmente sustentáveis excedem significativamente o que o setor público pode oferecer, exigindo envolvimento sistemático de fontes privadas de financiamento.
“As oportunidades já estão sendo criadas quando se trata de projetos replicáveis que exibem resultados sustentáveis para países desenvolvidos e em desenvolvimento”
A próxima conferência acontecerá entre os dias 2 e 4 de julho, em Manama, no Bahrein, e contemplará a região do Oriente Médio e Norte da África. A última da série será em Tashkent, no Uzbequistão, que será direcionada a região da Europa e Comunidade dos Estados Independentes. Esta foi a primeira vez que a WGEO realizou conferências regionais para debater economia verde.
Após os cinco encontros, as discussões e soluções apresentadas nas Conferências Ministeriais Regionais serão usadas para expandir os debates na Cúpula Mundial da Economia Verde (World Green Economy Summit – WGES), que acontecerá em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, entre os dias 20 e 21 de outubro.
+ O Instituto Brasil África é um dos apoiadores da Conferência Regional Ministerial das Américas