Agricultura é a área preferencial para investimentos segundo documento apresentado pelas Nações Unidas. A Revisão da Política de Investimentos foi apresentado na Conferência das Nações Unidas sobre o Comércio e Desenvolvimento, e destacou oportunidades e desafios do setor. Na apresentação do documento, os ministros angolanos do Comércio e da Economia e Planeamento discutiram com representantes da Unctad reformas para aumentar o investimento estrangeiro diversificar a economia do país.
A agência diz que o governo estabeleceu um programa ambicioso para reformar o ambiente de negócios e investimentos, mas identifica algumas lacunas e problemas no seu documento. De acordo com a Unctad, essas lacunas afetam a capacidade do país de aproveitar ao máximo a sua localização estratégica, os recursos naturais abundantes e o acesso preferencial a mercados externos.
Em nota, o ministro angolano do Comércio, Joffre Van-Dúnem, disse que o documento “é essencial para melhorar o ambiente de negócios, inclusive do agronegócio.”
Desenvolvimento Sustentável e Segurança Alimentar
A Revisão da Política de Investimentos dedica atenção especial ao investimento no agronegócio e à sua contribuição para o desenvolvimento sustentável. O documento exige medidas concretas para promover o investimento responsável e promover modos de produção agrícola inclusivos.
Huambo, Angola Foto: FAO
As recomendações pretendem encontrar um equilíbrio entre os objetivos de segurança alimentar e desenvolvimento das exportações, melhorar o acesso à terra e à infraestrutura e promover o empreendedorismo e o desenvolvimento de capacidades.
Investimento Estrangeiro
Nos anos após o fim do conflito civil, o Investimento Direto Estrangeiro (IDE) atingiu valores significativos no país, mas baixou recentemente e está concentrado no setor da extração de matérias primas. Segundo a Unctad, um portfólio de investimento “mais diversificado e melhor alinhado às necessidades de Angola pode contribuir bastante para o alcance dos objetivos de desenvolvimento nacional.”
O ministro da Economia e Planeamento, Manuel Neto da Costa, disse que “o IDE costumava ser negligenciado” e que isso “criou um ciclo negativo para a economia”. Segundo o representante, “muitos dos problemas enfrentados” pelo país são abordados pelo documento.
Nos últimos 20 anos, a Unctad apoiou mais de 50 países em desenvolvimento e economias em transição, realizando análises de políticas de investimento e prestando apoio técnico para implementar as recomendações.
A Conferência das Nações Unidas sobre o Comércio e Desenvolvimento, acontece de 9 a 13 de setembro em Genebra, Suiça. Com o tema Comércio e Mudança Climática: Trazendo o foco para SIDS (Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento na sigla em inglês)