Cabo Verde reúne até 03 de fevereiro representantes das entidades de proteção dos direitos autorais de músicos de vários lugares do planeta. Com encontros na Praia, capital do País, e Mindelo, na ilha de São Vicente, as atividades são promovidas pelo CIAN (The International Council of Music Creators) e  incluem uma formação dirigida aos músicos e autores na área de direitos autorais, além de inúmeros debates sobre uma maior participação monetária dos artistas nos direitos arrecadados pelas músicas todas mundo afora.

Solange Cesarovna

A abertura do evento, contou com a presença do ministro da Cultura e das Indústrias Criativas de Cabo Verde, Abraão Vicente.  Cerca de 100 jovens músicos locais serão treinados para entender como funcionam a cadeia produtiva dos direitos autorais. “Esse criadores, na sua maioria jovens, se forem bem treinados, serão a esperança para o futuro dos direitos autorais em sua totalidade”, argumenta Sam Mbende,  presidente da PACSA (Aliança Panafricana de Compositores e Autores de música). Sediada em Dakar, a organização foi fundada em 2010 a partir da reunião de 25 associações de diferentes países africanos.

Solange Cesarovna, CEO da Sociedade de Compositores de Moçambique (SCM) – a organização anfitriã do evento, acredita que as atividades ajudarão na proteção dos direitos dos músicos e dos criadores de Cabo Verde e de outros países do continente. “Para nós, este é um momento marcante que nos honra imensamente, e que irá impulsionar o nível de conhecimento e conscientização de que nossos músicos e criadores devem ter de seus direitos autorais e oportunidades para construir uma carreira de sucesso.”

Eddie Schwartz

O vice-presidente da Aliança Latino-Americana de Compositores e Autores de Música (ALCAM), Juca Novaes, por sua vez, reforçou, durante a cerimônia de abertura que os problemas que surgem para os artistas de Cabo Verde são os mesmos de artistas de todo o mundo. Também defendeu uma maior notoriedade para a música caboverdiana. “O nosso objetivo é que a música de Cabo Verde, que é tão conhecida lá fora, possa cada vez mais inserir e estar presente em todo mundo”, revela.

É a primeira vez que o CIAM realiza um evento dessa natureza no continente africano. “Solidariedade e apoio em todo o mundo são essenciais para o trabalho que fazemos, e CIAM está aqui para mostrar como a África é importante nesses esforços”, afirma o compositor canadense Eddie Schwartz, presidente da entidade.  

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