A Feira Internacional de Cartum chega à 37ª edição em 2020. Os organizadores do evento esperam receber mais de 400 mil visitantes de 20 países entre os dias 20 e 27 de janeiro. A tônica da feira é a promoção de negócios.

A edição deste ano também deve receber uma comitiva de empresários brasileiros. Eles irão participar de um espaço dentro da feira para discutir a possibilidade de parcerias entre Brasil e Sudão. A comitiva é organizada pelas embaixadas de ambos os países, pela AfroChamber (Câmara de Comércio Afro Brasileira) e outras câmaras de comércio. Empresas brasileiras já exibiram seus produtos na feira em suas edições anteriores.

Patrícia Lima, embaixadora do Brasil em Cartum (Imagem:Geraldo Magela/Agência Senado)

“Brasil e Sudão têm inúmeros elementos em comum: população criativa, jovem e bem informada. São países de grandes recursos naturais e perspectivas futuras positivas”, diz Patrícia Lima, embaixadora do Brasil em Cartum.

A embaixadora ainda afirma que a Embaixada tem trabalhado bastante para incentivar a parceria entre Brasil e Sudão. “Acredito que temos todos os elementos para formar uma corrente de negócios e de oportunidades entre os dois países”.

+ O comércio entre Brasil e Sudão atingiu apenas US$ 12,67 milhões entre janeiro e novembro de 2019, segundo dados do governo brasileiro. O Brasil exporta para o país africano produtos semi-faturados e importa sementes e frutos.

Conjuntura econômica delicada

Em um relatório divulgado no dia 23 de dezembro, o Fundo Monetário Internacional (FMI) revelou que as condições econômicas do país continuam desafiadoras devido a déficits fiscais persistentes, inflação alta e baixo acesso a financiamentos.

Uma equipe do FMI esteve em Cartum, capital sudanesa, entre 4 e 17 de dezembro e constatou que o acesso limitado do país ao financiamento externo continua a restringir a economia. Contas atrasadas ​​bloqueiam o financiamento de doadores internacionais, enquanto as perspectivas de obter grandes financiamentos externos de doadores bilaterais permanecem incertas.

(Erramos: ATLANTICO errou ao trazer dados incorretos sobre a balança comercial entre Brasil e Sudão e sobre a atual conjuntura econômica do País. A correção foi feita às 00h09.)

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