Fintech é um termo derivado das união das palavras financial (financeiro) e technology (tecnologia) para definir startups que oferecem serviços financeiros para púbicos até então negligenciado pelas instituições tradicionais do setor. Por terem custos operacionais menores, uma vez que utilizam massivamente novas tecnologias digitais, essas empresas conseguem oferecer soluções mais simples e eficiente para seus clientes.
Em toda a África, as fintechs tem tentando ora substituir os bancos, promovendo uma democratização dos serviços financeiros, ora auxiliado as instituições financeiras tradicionais a inovarem na oferta de produtos e serviços.
Esse é o caso grupo pan-africano Ecobank Group, que nesta sexta-feira (20) anunciou em sua sede, em Lomé, a terceira edição de uma competição voltada para fintechs de todo o continente. A ideia é reunir as mais criativas e inovadoras soluções para o mercado financeiro.
Todos os finalistas participarão de um treinamento de negócios e de uma feira na sede do Grupo em junho de 2020. Aos vencedores, serão oferecidas oportunidades de se associar ao banco para implementar suas soluções em 33 mercados africanos e na França.
“Como grupo bancário, continuamos impressionados com as muitas maneiras pelas quais as fintechs estão transformando os bancos em toda a África. Estamos ansiosos pelas novas inovações e oportunidades de parceria que virão com a edição 2020 ”, comemora Eddy Ogbogu, executivo de operações e tecnologia do Grupo Ecobank
+ As inscrições para o Ecobank Fintech Challenge se encerram no 12 de abril de 2020. Mais informações podem ser obtidas no site oficial https://www.Ecobank.com/Fintechchallenge
Mulher da Zâmbia usa o serviço Digital PayGo
Na Zâmbia, a inclusão financeira da populacao local tem sido incentivada por um programa de aceleração que oferece mais habilidades e recursos para que as fintechs melhorem ainda mais os seus negócios. Chamado de FinTech4U, o programa é fruto de uma parceria entre o Fundo de Desenvolvimento de Capital das Nações Unidas (UNCDF) e o hub de tecnologia e inovação zambiano BongoHive.
Cinco fintechs do país receberão um financiamento de US $ 3000 e assistência técnica da BongoHive, do UNCDF e de outros players, como o Banco da Zâmbia. Elas foram escolhidas em um rigoroso processo seletivo, que envolveu 70 candidaturas.
O número de inscritos é considerado alto e serve como termômetro para entender o potencial das fintechs no país. “Essa fintechs estão pensando em maneiras inovadoras de fornecer serviços e produtos que são capazes de atender às necessidades dos zambianos normalmente marginalizadas, com a população rural, as mulheres e os jovens. Isso é muito emocionante”, revela Kilyelani Kanjo, especialista em serviços financeiros digitais da UNCDF.
“O programa ajudará a colocar o nosso pé nas portas certas. A interação individual com os reguladores apresenta acesso a informações que, de outra forma, levariam anos para serem obtidas ou compreendidas”, disse à ATLANTICO Esther Kanduza, co-fundadora de digital PayGo, uma startup de Luzaka que oferece pagamentos através do smartphone. A empresa é uma das cinco fintechs contempladas pelo programa.
Realidade brasileira
A “invasão” das fintechs no mercado brasileiro tem o apoio do Banco Central do Brasil, um dos principais órgãos governamentais do país. A instituição mantém há dois anos o Laboratório de Inovações Financeiras e Tecnológicas (LIFT), voltado para o desenvolvimento de fintechs, que abrirá nos próximos meses uma terceira chamada de inscrição para novos projetos. Mais informações no site https://www.liftlab.com.br/.