O Diretor do Escritório das Nações Unidas para a Cooperação Sul-Sul, Jorge Chediek, reforçou, em discurso realizado no primeiro dia do 6° Fórum Brasil África, na manhã desta quinta-feira (22), a importância da Cooperação Sul-Sul para a nova arquitetura global.

Em sua fala, Jorge Chediek afirmou que a Cooperação está disposta a promover a juventude mesmo com o grande desafio do contexto atual, onde nove entre dez jovens que moram em um país do sul não possuem oportunidades a nível nacional. Segundo o diretor, é preciso criar elementos para mudança e compartilhá-los com outros países.

O diretor afirmou que impulsionada pelos princípios da igualdade, da política de não interferência e da autoconfiança entre os países do sul, a Cooperação Sul-Sul tem sido muito bem sucedida. Os exemplos podem ser reconhecidos no Brasil, na Índia e na China, onde conseguiram tirar muitos indivíduos da situação de extrema pobreza.

“Na África do Sul, vimos Mandela livre. Os países do sul ganharam confiança em si mesmos e começaram a usar seus recursos de forma mais sustentável. Eles começaram a negociar recursos”, afirmou.

Para Jorge Chediek, “a importância do sul na arquitetura global afirma que, economicamente, há uma grande dívida que precisa ser equilibrada. Socialmente, há muita desigualdade a ser reduzida e nós temos a oportunidade de fortalecer a Cooperação Sul-Sul para encarar os diferentes desafios enfrentados pelos países do sul, promovendo engajamento. Precisamos de ações coletivas de todas as nações para que possamos resolver os problemas globais”.

Ao finalizar seu discurso, o diretor recomendou a existência de futuros fóruns para que o sucesso das cooperações entre o Brasil e a África possa ser celebrado. Para Jorge Chediek, estar em Salvador, uma das cidades mais africanas da América, é uma questão iminente de que o oceano não deve ser um divisor, mas um símbolo de amizade e união.

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