O narcotraficante Gilberto dos Santos (mais conhecido como “Fuminho”) deu entrada na Penitenciária Brasileira de Catanduvas, no Paraná, nesta segunda-feira (20). Ele foi preso em Maputo na semana passada e entregue às autoridades brasileiras na tarde de domingo (19), após um esforço de Cooperação Internacional envolvendo os governos do Brasil e Moçambique.
“Fuminho” era procurado pela Interpol desde 1999, depois que ele escapou de uma prisão brasileira. Ele tem conexões com uma das principais facções criminais do Brasil e é acusado de ganhar milhões de dólares em tráfico de cocaína na América do Sul.
Tecnicamente, ele não foi extraditado, mas “expulso administrativamente”. De acordo com uma nota do Ministro do Interior de Moçambique, Amade Miquidade, os motivos para a “expulsão administrativa” eram que ele havia entrado no país ilegalmente. Ele estava viajando com um passaporte falso. Os procedimentos demorados inerentes à extradição foram dispensados e o “Fuminho” foi simplesmente entregue aos brasileiros.
Chegada de “Fuminho” ao Brasil. Imagem cedida pela Polícia Federal
A nota acrescenta que Fuminho” está impedido de entrar em Moçambique novamente “por um período não inferior a dez anos”. Além do passaporte falso, ele estava com drogas ilegais (100 gramas de maconha) e 15 telefones celulares, quando preso.
“Essa é uma missão que reforça os ideais de cooperação internacional e a credibilidade da Polícia Federal com outras instituições de segurança pública de outros países e deixa claro para os criminosos nacionais ou estrangeiros que usam o Brasil para perpetrar seus crimes, que eles não existem. um local seguro para se esconder das sanções por crimes cometidos “, revela nota divulgada pela Polícia Federal do Brasil.
“A operação e seus resultados positivos confirmam a importância dos esforços conjuntos de dois governos que não combatem o crime organizado”, diz nota conjunta dos três Ministérios Brasileiros – Justiça e Segurança Pública, Defesa e Relações Exteriores.
+ Os esforços foram apoiados pela “Drug Enforcement Administration” (DEA), um órgão do governo dos Estados Unidos que atua contra o tráfico de drogas.