(Leandro Neumann Ciuffo)

Salvador é a cidade que melhor representa o continente africano no Brasil. Cidade mais negra do mundo fora da África, mais de 80% da população é afrodescendente. A capital da Bahia conserva até hoje a culinária, cultura e particularidades dos países do outro lado do Atlântico. A comida, a religião, a cultura, a música, a dança e a arte provenientes dos povos africanos são encontradas por todos os pontos da cidade. Os traços da cultura africana podem ser notados em inúmeras manifestações da cultura baiana, como a música popular, o folclore e as festas populares. Nesse sentido, o poder público está desenvolvendo um segmento turístico étnico. O turismo étnico oferece roteiros específicos, como o bairro da Liberdade, que tem a maior população afro-descendente do País, cerca de 600 mil habitantes. A culinária baiana é uma das que mais representa a África no Brasil em seus pratos típicos como o acarajé, o caruru, o vatapá e a moqueca, pratos são preparados com o azeite de dendê, extraído de uma palmeira africana trazida ao Brasil na época da colônia. A feijoada brasileira é citada como tendo sido criada em senzalas dos escravos. Com cerca de 3 milhões de habitantes, Salvador abriga pontos turísticos conhecidos internacionalmente, como o pelourinho e o farol da barra. Descoberta em 1501, a cidade soteropolitana recebeu o nome de Bahia de todos os Santos, e na época foi um dos portos mais movimentados do continente Americano. Em 1549, recebeu o título de capital do Brasil. Trazido pelos colonialistas portugueses ao Brasil, os escravos foram forçados a trabalhar nas plantações de açúcar do nordeste. Atualmente, o Brasil ainda tem a maior população negra fora de África.

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